A turma de Letras do IFG Campus Goiânia esteve em São Paulo para uma visita técnica entre os dias 03 e 06 do mês de junho de 2015.

A cidade de São Paulo choca a todos que a conhecem. Qualquer pessoa que vive em cidades planejadas como Belo Horizonte, Goiânia ou Brasília se perde na balbúrdia de ruas e avenidas construídas sobre cursos de riachos ou trilhas no meio do mato. Nada de planejamento. Tudo crescido sem um objetivo claro que não seja acumular a maior quantidade de pessoas no menor espaço possível.
Outro motivo de choque é a imensa riqueza que se formou na cidade, decorrente de séculos na liderança no desenvolvimento econômico e na dianteira de inovações dentro do país. O que se acumulou foi gasto na construção de bairros, museus, praças e todo tipo de espaço destinado a encher os olhos. É, portanto, o resultado da riqueza que construiu a estrutura que observamos na cidade.
Junto com o respeito à história, demonstrado pelo gigante monumento a Duque de Caxias na Praça Princesa Isabel, encontramos edifícios de arquitetura inteiramente vanguardista. Nesses edifícios foram utilizados recursos obviamente preciosos com o objetivo aparente de tornar a cidade mais bonita, contrastando com os velhos edifícios mal cuidados do centro, além das praças onde residem ao relento milhares de pessoas absolutamente excluídas da riqueza que tanto caracteriza a cidade.

Museu da Imagem e do Som de São Paulo, 04 de Junho de 2015 Mostra Rastros I - Fotógrafo Roberto Frankenberg

A primeira coisa que vimos ao apreciarmos esta foto foi a beleza da natureza apreendida pela sensibilidade do fotógrafo. Ao descobrirmos que se tratava das ruínas dos campos de concentração, a vegetação silenciosa trouxe à nossa mente um sentimento desolador e nostálgico.

MASP, São Paulo, 04 de junho de 2015. 

Retirantes (1944, Candido Portinari)

Esta obra de Candido Portinari nos faz perceber que ele queria relatar os problemas sociais do nosso país. O quadro Retirantes, produzido em 1944, busca reproduzir o sofrimento, retratando uma família em situação de magreza, com expressões de fome e miséria provocados pela seca do nordeste. 

Pinacoteca do Estado de São Paulo, 05 de Junho de 2015

Título da Obra: Fim de Romance, 1912 Antonio Parreiras 

A primeira coisa que observamos nesta obra foi a solidão: um ambiente rural reconhecido pela estrada, a falta de movimentação no local, a vegetação rasteira e as vestimentas típicas de habitantes dos pampas. A observação da pintura nos possibilita concluir que uma viagem a cavalo foi interrompida pelo suicídio de um homem, o qual, pelo título da obra, parece ter sofrido alguma decepção amorosa. As testemunhas nostálgicas: alguns pássaros e o cavalo que parece lastimar a perda do dono.

Nome da Obra: Atlas Acervo permanente 

Ao nos depararmos com o monumento de Atlas, ficamos chocadas com as emoções por ele despertadas. A escultura é imponente e maravilhosa. Os músculos tensionados indicam o esforço árduo ao carregar o mundo ali representado pelo Museu.

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA – Visita do dia 05/06/2015

O Museu da Língua Portuguesa está localizado no centro da cidade de São Paulo, passando pela Estação da Luz, que é a segunda estação mais movimentada da cidade. 

O museu foi inaugurado em 20 de março de 2006 e é um museu que tem por acervo a língua portuguesa – único no mundo a ter no acervo um idioma. 

A principal característica do Museu da Língua Portuguesa é a interatividade. Nele os visitantes são convidados a interagir a todo momento com as exposições. 

No primeiro andar fica a Sala de Exposições Temporárias, acredito que no dia da nossa visita não estavam sendo realizadas exposições. 

No segundo andar fica a Sala de Exposição Permanente onde encontramos a Linha do Tempo, que conta a história da Língua Portuguesa desde sua origem até os dias atuais. Nos totens interativos podemos descobrir a origem e os significados das palavras. Neste mesmo andar fica a Coleção de Longa Duração, que trata dos aspectos históricos, antropológicos, sociais e etimológicos da nossa língua. Nos telões podemos assistir a filmes que falam das tradições culturais da língua portuguesa e da cultura brasileira. No Beco das Palavras fica um divertido jogo que mostra as palavras através de sua origem etimológica. Para formar uma palavra, temos que tocar nas sílabas para que ela seja montada e explicada. Assim que ela se forma são apresentadas sua origem e seu significado e também é mostrado um pequeno vídeo sobre a palavra que se formou. É uma maneira divertida e lúdica de aprender os significados das palavras. 

No terceiro andar fica o Auditório, onde assistimos a um filme chamado Idiomaterno, que fala das origens da língua portuguesa falada no Brasil. Esse filme é narrado por Fernanda Montenegro, nossa grande dama do teatro brasileiro. Ao final do filme, a tela se abre e somos convidados a participar do planetário da Língua, onde podemos apreciar imagens e áudios de vários poemas, para fechar com chave de ouro nossa visita.

MUSEU DE ARTE MODERNA (MAM) - Visita do dia 06/06/2015

O MAM fica no parque Ibirapuera na zona sul de São Paulo. Esse museu foi projetado pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurado no final dos anos 50. O objetivo do museu  é colecionar, estudar, incentivar e difundir a arte moderna e contemporânea brasileira. 

Antes de entrar no MAM há várias obras de artes do lado externo do parque, uma delas, “Sem título” do autor José Resende (1997), em que o público acabou descobrindo que acertando uma pedra nela pode-se fazer um som, transformando-se numa obra sonora. 

Na entrada no MAM podemos apreciar o grafite “Sem título” (2010) de OsGemeos, artistas brasileiros trabalham com grafite e são conhecidos internacionalmente. 

No corredor do museu nos deparamos com outra obra de arte: na parede há uma fileira de lâmpadas que se acendem e se apagam quando alguém passa por elas. 

Em um dos salões do museu está em exposição a obra de Nicolas Guagnini intitulada “Máquina Curatorial” (2009), é bem interativa, pois é possível mover as paredes e deixar no meio da sala as obras que mais chamarem a atenção do público. 

No museu podemos encontrar o Shop MAM que é uma loja de souvenires. Interessante saber que toda a arrecadação da loja é revertida para a manutenção do museu. 

Muitas exposições interessantes como o “Templo” de Franklin Cassaro (2000), uma obra que se parece com três almofadas gigantes, uma em cima da outra, feita apenas de classificados de jornal. 

Assistimos também a um espetáculo de dança, que começava com uma patinadora e logo depois entravam outros bailarinos, fazendo uma coreografia perfeita em diferentes espaços do museu. Eles também dançaram em cima da obra de Maurício Dias e Walter Riedweg “Do Universo do Baile” (2008). Esta obra consiste em um piso feito de balanças simples, todas em verde e amarelo, e um vídeo projetado na parede, dividido em três partes, compondo a obra desses artistas.

MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA 06/06/2015

Foi assim que me ensinaram Flávio Cerqueira, 2011

As obras retratam temas distintos, porém de grande dimensão. A primeira assume um tema específico que, de certo modo, pode ser entendida como a figura de um estudante reprimido, devido à presença de livros e por estar virado para a parede. Já a segunda, sobre o mito de Narciso, apresenta a história de um garoto que se apaixona pelo reflexo de sua própria imagem. Essas obras despertaram em nós grande emoção. A primeira por refletir uma prática antiga na educação e a segunda por se tratar de uma figura mitológica bastante enigmática.

MUSEU AFRO BRASIL 06/06/2015 

O Museu Afro Brasil aborda um tema bastante polêmico e muito interessante, pois desfaz estereótipos e clichês sobre o continente africano e apresenta imagens chocantes, mas, também, exibe a grande e bela diversidade cultural do continente. As imagens escolhidas apresentam com clareza os conflitos, os momentos de tensão, e por outra perspectiva, a grande diversidade cultural.